Luíza Trajano, proprietária da rede varejista Magazine Luiza, também conhecida pelo apelido Magalu, não deve estar nada feliz com a forma como a sua empresa parece estar caminhando para encerrar o ano de 2021. Isso porque, as suas ações (MGLU3) continuam despencando na Bolsa de Valores, acumulando uma queda de 76% em 12 meses.
As ações da Magazine voltaram a cair, por exemplo, na quinta-feira (2/12). No fechamento do pregão, os papéis eram comercializados a R$ 6,76 na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Nesta sexta-feira os papéis apresentam uma alta de 3,25%, sendo cotados a R$ 6,98 durante a redação dessa matéria.
No entanto, a leve alta esta sexta ainda está muito distante de representar o que valiam as ações da MagaLu no ano passado. Em 6 de novembro de 2020, por exemplo, custavam R$ 27,34 – o maior patamar até agora. A retração no período foi de 76%.
Críticos da esquerda aproveitaram a situação para culpar a queda de ações da Magazine Luíza às especulações de que Luíza Trajano estaria sendo cotada para ser a candidata à vice-presidente do ex-presidente Lula.
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, essa especulação foi real. “Lula (PT) ainda não perdeu a esperança de conquistar o passe da empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, para vice em sua chapa à sucessão de Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem”, disse ele em sua coluna no portal Metrópoles, em setembro.
Na mesma matéria, Noblat destaca um texto da revista Times, assinado por Lula, em que o petista demonstra admiração pela empresária. “Em um mundo corporativo ainda dominado por homens, Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza em um gigante do varejo”, escreveu o ex-presidente.
A própria Luiza Trajano, no entanto, negou ter tido conversas com o PT, assim como os rumores de que sairá candidata em 2022. “Não conversei com o Lula, nem tive tempo. Não tenho conversado com nenhum político”, disse ela, após a repercussão da declaração de Lula, segundo o Estadão.