O ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres, usou as suas redes sociais na manhã desta quarta-feira para rebater algumas alegações feitas pela delegada da Polícia Federal Denisse Ribeiro, a respeito do processo de extradição do jornalista Allan dos Santos, durante relatório do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, 7 de dezembro.
Denisse afirmou ao STF que haveriam “riscos de interferências”, aparentemente por parte do governo, sobre o processo de extradição do jornalista que atualmente vive nos Estados Unidos. A solicitação foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes, após um mandado de prisão expedido pelo mesmo.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Vicente Santini, secretário nacional de Justiça e, portanto, subordinado ao ministro da Justiça, teria atuado para retardar a extradição de Allan dos Santos, o que foi negado por Anderson Torres.
A acusação de Denisse se deu em face à exoneração da chefe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Silvia Amélia. O ministro Anderson Torres, no entanto, explicou que a demissão da servidora do cargo ocorreu porque ela teria negado acesso ao processo, quando este foi solicitado por Santini.
“Segue o fio para a verdade sobre o trâmite do caso Allan dos Santos, o resto é ilação”, escreveu Torres em sua rede social, enumerando em seguida os fatos ocorridos, segundo a sua versão:
“Nunca houve ‘pressão’ do Ministério da Justiça no caso. Houve, sim, pedido de acesso LEGÍTIMO, do Secretário de Justiça aos autos, o que lhe foi negado pela sua subordinada. A principal causa da exoneração da chefe da DRCI foi ela ter faltado com a verdade, e, informado somente em 4/11, que o processo já havia saído do MJSP em 19/10″, publicou Anderson Torres.
O ministro, então, finalizou afastando os rumores de que o nome do jornalista já estaria em uma lista internacional de procurados. “A Interpol não incluiu Allan dos Santos na lista de difusão vermelha”, concluiu Torres.