Desde que passou a ser alvo de intolerância religiosa, a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, também foi cercada de manifestações de apoio ao seu nome. Tudo começou após ela aparecer em um vídeo orando em “línguas estranhas” em comemoração pela aprovação do ex-ministro André Mendonça para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua conta no Instagram, Michelle fez publicações em resposta aos críticos, mas sem citar nomes, mantendo a sua postura sempre muito discreta. “Nunca negarei que a minha vida é do Senhor. Obrigada, Jesus, por ter me amado primeiro. Nosso Estado é laico, mas eu sou cristã”, postou a primeira-dama esta semana.
Ao aparecer na gravação orando e pulando de alegria, chorando pela vitória de Mendonça, Michelle foi chamada de vários xingamentos nas redes sociais. Até o jornalista Reinaldo Azevedo tratou o episódio em tom de deboche ao comentar o vídeo.
“Michelle comemora ida de Mendonça para o STF em ‘línguas estranhas’, a glossolalia. Baixou o Espírito Santo? Mendonça redigirá seus votos em português? Talvez seja preferível a glossolalia mesmo!”, disparou o jornalista.
Em outra publicação, Michelle citou um versículo em alusão ao falar a “língua dos anjos”, principal motivo pelo qual foi criticada. O fenômeno é reconhecido pelas igrejas pentecostais históricas e neopentecostais como um um dom do Espírito Santo, o qual é manifesto em momentos de oração.
Ela citou uma passagem que se encontra em 1 Coríntios 2:14, que diz o seguinte: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”.
Michelle Bolsonaro é membro da Igreja Batista Atitude, do Rio de Janeiro, onde costuma frequentar os cultos com o presidente da República, seu esposo. Contudo, a primeira-dama também parece ser adepta da tradição pentecostal, ou “renovada”, como dizem algumas denominações.