O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, participou de um culto evangélico realizado em um auditório da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (8), ocasião em que fez uma pregação teológica e saiu em defesa da primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, que foi alvo de intolerância religiosa na semana passada.
Michelle esteve reunida com parlamentares evangélicos e lideranças durante a sabatina de Mendonça no Senado, na quarta-feira do dia primeiro, e quando soube que o ex-ministro foi aprovado para a vaga do STF, comemorou chorando e fazendo uma oração em “línguas estranhas”, o que provocou críticas nas redes sociais.
“Chamo a atenção para a dona Michelle: a manifestação do espírito santo. Alguns setores da sociedade têm mal interpretado e até agido com grau de preconceito, por não entender. Mas ali estava o espírito santo de Deus”, afirmou Mendonça durante o culto.
Na sequência, o agora ministro no STF que também é pastor evangélico da Igreja Presbiteriana, destacou a importância para ele do momento em que a primeira-dama o abraçou, junto com a sua esposa e os dois filhos, comemorando a sua aprovação.
Para o pastor, aquilo foi uma demonstração do “amor que começa na família, a adoração a Deus na atitude de oração e a manifestação do espírito santo. Por isso que essa foto para mim vai marcar minha vida. Porque ela sintetiza quatro meses e meio da obra de Deus sendo realizada”, afirmou Mendonça.
Mendonça também revelou que durante os longos quatro meses de espera por sua sabatina, quase não teve forças para “levantar da cama”, indicando que chegou a ficar abatido por causa da forte resistência ao seu nome, algo incomum nas indicações de ministros já feitas anteriormente.
Ele agradeceu o apoio da bancada evangélica e lideranças religiosas em geral, os quais foram fundamentais para a oficialização do seu nome no STF, segundo o novo magistrado. Por fim, Mendonça disse que embora vá atuar como juiz no Supremo, e não como pastor, ele não deixará de carregar consigo os valores da sua fé.
“O André não chega lá com o título de pastor. Mas o André chega com a história de uma vida louvada a Deus. Isso é história de vida, ninguém vai renunciar a si mesmo, renunciar ao que a gente é”, concluiu.