Desde que a guerra na Ucrânia teve início na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo pressionado para assumir um lado na disputa entre o país do Leste europeu e a Rússia. Apesar de defender uma posição neutra, nos bastidores de Brasília surgiu a informação de que o chefe da Nação foi aconselhado por militares a ficar ao lado de Vladimir Putin.
“Os fardados, que se apresentam como bons estrategistas, asseguraram a Bolsonaro que o Brasil tinha muito mais a ganhar se não comprasse briga com a Rússia”, comunicou o jornalista Vicente Nunes em seu canal no Correio Braziliense.
“Dizem esses políticos que a lista de fardados começa pelo ministro da Defesa, Braga Netto, e passa pelo ministro da secretaria-geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos”, destacou o jornalista. Vicente, contudo, não apresentou nomes, ficando então a suspeita quanto à confiabilidade das suas fontes.
O fato é que Bolsonaro não deu qualquer declaração explicitamente a favor dos ataques russos na Ucrânia, mas deixou nas entrelinhas das suas falas uma visão que parece tentar enxergar o conflito russo-ucraniano como algo histórico e mais complexo do que parece em termos diplomáticos.
Oficialmente, no entanto, o governo brasileiro votou pela condenação dos ataques russos à Ucrânia, no Conselho de Segurança da ONU. O próprio presidente ucraniano, por sinal, Volodymyr Zelenskyy, chegou a agradecer o Brasil por seu posicionamento na reunião das Nações Unidas.