O presidente Jair Bolsonaro comentou na noite desta quinta-feira (24) as acusações contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre um suposto favorecimento no repasse de verbas do MEC para aliados do governo. Segundo o chefe do Executivo, tudo se trata de pura “covardia” e interesses relacionados à ocupação de cargos.
“O Milton, coisa rara de eu falar aqui. Eu boto minha cara no fogo pelo Milton, minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, afirmou o presidente durante a sua tradicional live semanal, nas redes sociais.
Na sequência, Bolsonaro deu a entender que as acusações contra Milton Ribeiro seriam por interesses no comando do MEC. “Agora, tem gente que fica buzinando, faz chegar pra mim: ‘Manda o Milton embora, já tenho um bom nome para botar aí.’ Tem gente que quer botar alguém lá, mas não fala publicamente, ‘ó eu tenho um nome'”, disse ele.
O presidente disse ainda que o ministro já havia solicitado uma investigação antes mesmo do vazamento dos áudios, e que a conduta de Ribeiro não sinaliza o comportamento típico de quem estava realizando algo ilegal, uma vez que os seus encontros com os interlocutores citados no caso foram de conhecimento público.
“O Milton tomou as providências. Daí, alguns falam: ‘ah, ele tinha 19 agendas’. Se ele estivesse armando, meu deus do Céu, armando, não teria botado uma agenda oficial aberta ao público”, explicou Bolsonaro.
“É muito simples. Quando o cara quer armar, ele vai pelado à piscina”, disse o presidente, exemplificando uma atitude de quem busca não correr o risco de ter as suas conversas gravadas. “Vai num fim de mundo, numa praia, vai pro meio do mato. É assim que ele age, ele não bota na agenda ali o nome do corruptor, não bota.”