Elon Musk, o homem mais rico do mundo, parece ter decidido apostar todas as suas fichas em prol do seu ideal de maior liberdade de expressão nas redes sociais. Isso porque, após comprar 9% das ações do Twitter, se tornando o maior acionista da empresa, o bilionário resolveu agora comprar a plataforma inteira e fechar o seu capital.
Musk ofereceu nada menos do que incríveis US$ 43 bilhões pela compra de 100% do Twitter. O dono da Tesla e SpaceX formalizou o seu desejo de aquisição ainda na quarta-feira, 13.
Com mais de 80 milhões de seguidores só no Twitter, Musk vem há dias dando sinais de que pretende criar uma rede social que garanta a liberdade de expressão dos usuários. Ao ser questionado sobre isso por um seguidor, por exemplo, ele respondeu dizendo que esta “pensando seriamente nisso”.
A compra da maior parte das ações do Twitter seria um passo para isso, sendo a possível compra de 100% da empresa a concretização deste objetivo. Dessa forma, Musk não estaria começando do zero e sim pegando uma plataforma já consolidada. Na prática, ele precisaria apenas alterar as políticas internas da empresa.
Em 25 de março, Musk fez uma enquete para os seguidores, onde fez a seguinte pergunta: “A liberdade de expressão é essencial para uma democracia funcional. Você acredita que o Twitter adere rigorosamente a esse princípio? As consequências desta pesquisa serão importantes. Por favor vote com atenção.”
Como resultado, 70,4 % das pessoas votaram que NÃO. Ou seja, que o Twitter não adere ao princípio da liberdade de expressão. Apenas 29,5% das pessoas votaram em favor da empresa. No total, mais de 2 milhões de pessoas votaram.
No dia seguinte (26), Musk fez a seguinte colocação: “Dado que o Twitter serve como a praça pública de fato, não aderir aos princípios da liberdade de expressão prejudica fundamentalmente a democracia. O que deveria ser feito? É necessária uma nova plataforma?”
Portanto, a possível compra do Twitter parece apontar para o objetivo de Musk criar não uma “nova” plataforma, mas sim transformar a que já existe, no sentido de que a rede social passe a garantir a liberdade de expressão dos seus usuários, em vez de censurar conteúdos acusados de violar o “politicamente correto”.