O presidente Jair Bolsonaro se deparou na manhã desta quinta-feira (02) com o desabafo de uma professora na saída do Palácio do Alvorada, durante o seu tradicional encontro diário com os populares e a imprensa.
Aos prantos, a mulher afirmou que “não tem condições” de permanecer sem trabalhar, que dá aulas em escola particular e depende do seu trabalho para sustentar a sua família. O presidente apenas ouvia, enquanto a cidadã falava com o apoio dos populares que estavam com ela.
“Vim aqui pedir para o senhor como mãe, preciso voltar a trabalhar, não tem condições de a gente viver nessa situação”, disse ela, criticando também os governadores que emitiram decretos ordenando o fechamento dos comércios e a suspensão das aulas em seus estados.
“Eu vim aqui pedir não é por mim, é por milhões e milhares de pessoas que estão sentindo, estão na necessidade de ter condições de trabalho. Eu não quero dinheiro do governo, eu quero trabalho”, disse ela, arrancando aplausos das pessoas ao seu redor, enquanto outra mulher ao seu lado também chorava, emocionada.
A professora disse que estava com os filhos no local e também criticou a imprensa. “Eu sou mãe de família (…), a imprensa não ajuda a gente, a imprensa faz é acabar com a nossa vida… eles não passam necessidade, estão aí pra falar mentiras”, disparou a mulher. Assista abaixo:
Apelos como o dessa professora é o que têm motivado a defesa do presidente da República de um modelo de quarentena moderado contra o coronavírus, chamado de “vertical”. Neste caso, apenas o público de risco é isolado, como idosos e pessoas com alguma debilidade em saúde, especialmente de caráter respiratório.
Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha anunciou que o retorno das aulas só poderá ocorrer em 31 de maio, estendendo o prazo de isolamento conforme um novo decreto anunciado na última quarta-feira (01). Para saber mais, clique aqui.