Mais

    Em novo parecer, Defesa acusa o TSE de não querer “aprofundar discussão” sobre urnas

    O Ministério da Defesa, por meio do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército Brasileiro, enviou nesta sexta-feira (10) um novo parecer sobre a participação das Forças Armadas na Comissão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que analisa a segurança das urnas eletrônicas no Brasil, ao presidente da Corte, ministro Edson Fachin.

    O documento apresenta uma série de reclamações em relação ao modo como o TSE tem lidado com a contribuição dos militares e, em tom de cobrança, também fez novas sugestões sobre o sistema eleitoral.

    Em um dos trechos, o documento diz que os militares não estão se sentindo devidamente prestigiados pelo trabalho no grupo de transparência das eleições. “Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE”, diz o ofício.

    Na prática, a manifestação da Defesa constitui um agravamento da crise entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e os ministros do TSE, visto que vai na linha de raciocínio do chefe do Executivo, que tem feito críticas reiteradas ao sistema eleitoral atual.

    O general Paulo Sérgio, por exemplo, chegou a dizer diz que o TSE parece não querer se abrir ao debate técnico sobre as urnas. “Até o momento, não houve a discussão técnica mencionada, não por parte das Forças Armadas, mas pelo TSE ter sinalizado que não pretende aprofundar a discussão”, afirma o general.

    Ainda segundo a Defesa, é preciso haver mais debates sobre o sistema eleitoral. “Neste ponto, assinalo que as divergências que ainda persistam podem ser dirimidas com a pretendida discussão entre as equipes técnicas”, diz a manifestação.

    “Reitero que as sugestões propostas pelas Forças Armadas precisam ser debatidas pelos técnicos”, destaca o general. O Ministério também rebateu a ideia implícita de que observadores internacionais possam conferir a credibilidade das eleições, argumentando que isso não seria garantia devido ao modelo eletrônico.

    “Destaca-se que, por se tratar de uma eleição eletrônica, os meios de fiscalização devem se atualizar continuamente, exigindo pessoal especializado em segurança cibernética e de dados. Não basta, portanto, a participação de ‘observadores visuais’, nacionais e estrangeiros, do processo eleitoral”, diz o texto.

    Ao final, a manifestação diz que eleições transparentes visam garantir a democracia e a soberania, de modo que não é possível haver “sombra de desconfiança” sobre o resultado das urnas.

    “Por fim, encerro afirmando que a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores”, diz. Leia a íntegra do documento, abaixo:

    Leia também:

    Deltan detona relatório da PF sobre suposto golpe: ‘Erros e contradições gritantes’

    Ex-coordenador da operação Lava Jato, o ex-procurador da República...

    PF criou “história mentirosa para estigmatizar um grupo”, diz advogado de Bolsonaro

    Fabio Wajngarten, advogado e assessor do ex-presidente Jair Messias...

    Jojo Todynho revela que recusou R$ 1,5 milhão para apoiar Lula na campanha

    Fonte: Brasil Paralelo - “Você já teve alguma proposta...

    Conselheiro de Putin diz que Biden deu “salto gigantesco em direção à catástrofe nuclear”

    BRASÍLIA, 21/11/2024, por: Karina Michelin - Sergey Markov, cientista...

    Maquiador de Michelle detona Janja ao fazer comparativo de gastos: ‘É tenebroso’

    O maquiador e amigo pessoal da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro,...

    Para comentarista, suicídio junto ao STF é parte de um ‘processo de golpe de Estado’

    Eliane Cantanhêde, comentarista do canal GloboNews, está sendo fortemente...

    Posts da semana

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    close