A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, da pasta da Educação, tem por objetivo o “desgaste do governo”, segundo o deputado federal Carlos Jordy. Para o parlamentar, o caso se trata de uma abordagem “sensacionalista” em ano eleitoral.
“Apesar da prisão sensacionalista com intenção de desgaste do Governo, essa é a prova cabal de que o Governo Bolsonaro não interfere nas investigações da Polícia Federal”, comentou Jordy ao defender o trabalho da Polícia Federal.
Milton Ribeiro foi preso na manhã desta quarta-feira (22), após acusações de tráfico de influência durante a sua gestão no Ministério da Educação. O pastor evangélico é respeitado no meio teológico e também no mundo acadêmico, como jurista, o que torna a sua prisão motivo de espanto para os colegas.
Carlos Jordy também insinuou ativismo político por parte do juiz que determinou a prisão do ex-ministro, apontando outras decisões polêmicas já tomadas pelo mesmo magistrado, contra alvos bolsonaristas.
“Juiz determina o uso obrigatório de máscaras e multa para Bolsonaro. Juiz torna Sérgio Camargo réu em queixa-crime feita por Tabata Amaral. Juiz decreta prisão de Milton Ribeiro. O que essas decisões têm comum? O juiz Renato Coelho Borelli. Mas deve ser apenas coincidência”, comentou Jordy.
Bolsonaro, por sua vez, foi enfático ao comentar a prisão de Ribeiro. “O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estaria com uma conversa meio informal demais com pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo.”
“Bem, o que acontece: nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal que a Polícia Federal está agindo”, completou o presidente. “Ele responda pelos atos dele. Eu peço a Deus que não tenha problema nenhum, mas se tem algum problema, a PF está agindo, está investigando. É um sinal que eu não interfiro na PF.”