Enquanto milhares de pessoas continuam protestando contra a eleição de Lula, o petista adiantou em um jantar com aliados, na semana passada, que o seu futuro ministro da Justiça será o ex-governador do Maranhão, o comunista Flávio Dino.
Dino já disse ser “comunista, graças a Deus”, fazendo um trocadilho com o termo usado para designar o regime político-ideológico responsável pela morte de pelo menos 100 milhões de pessoas no século XX, segundo informações da polêmica obra O Livro Negro do Comunismo.
Em uma entrevista gravada em 2020 pelo Poder360, o ex-governador, no entanto, buscou defender apenas o viés etimológico da palavra comunismo, buscando dissociá-lo dos fatos históricos atrelados ao nome da ideologia formulada pelo teórico Carl Marx.
“Infelizmente, por conta dos ecos das ditaduras, difundiram-se muitos preconceitos contra a palavra ‘comunista’. É uma coisa meio curiosa, porque não há inclusive base etimológica. Comunista é comunhão, comum, comunidade. Então, a origem etimológica da palavra remete só a coisas boas: comunhão, partilha, comunidade”, afirmou Dino na época.
Além de Dino na Justiça, Lula também já teria confirmado o nome do ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, no ministério da Defesa, informou o UOL.
Flávio Dino tem 54 anos e governou o Maranhão por dois mandatos consecutivos, de 2015 a 2022. O estado, segundo informações publicadas pelo IBGE, é o estado com o maior número de pessoas extremamente pobres do Brasil, informou o G1, com pelo menos 1,5 milhão de pessoas lutando diariamente para ter ao menos o que comer.