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    General que já foi alvo de Moraes, cobra Bolsonaro: “Dá um prazo para o Alexandre”

    O general Paulo Chagas vem subindo o tom em relação à sua insatisfação com o resultado da eleição presidencial 2022. Por meio das redes sociais, o militar da reserva do Exército tem feito críticas ao processo e até cobrado reações por parte do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).

    “Presidente, capacidade + vontade = poder! Dá um prazo para o Alexandre de Moraes entregar o código-fonte, se ele não entregar, vai lá e toma! Como presidente você pode fazer isso, dentro das 4 linhas da CF/88!”, publicou o militar em uma das suas manifestações mais contundentes.

    Em outra publicação, também em tom de cobrança, Chagas afirmou que Bolsonaro pode ser honesto e estar sendo “vítima”, mas não é alguém “indefeso”. Em outras palavras, o militar sugere que o presidente poderá reagir fazendo uso do seu poder, se assim quiser.

    “Existem três poderes no Estado, Judiciário, Legislativo e Executivo. A maioria dos brasileiros, não sem razão, se queixa dos dois primeiros e trata o terceiro como vítima indefesa! Um presidente da República honesto pode ser vítima, mas jamais estará indefeso!”, disse ele.

    Alvo de busca e apreensão

    Os posicionamentos polêmicos do general Paulo Chagas já lhe trouxeram problemas no passado. Em 2019, por exemplo, o militar da reserva foi alvo de um mandado de busca e apreensão, por parte da Polícia Federal, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.

    Isso, porque, Chagas se tornou um dos investigados no inquérito das fake news, conduzido por Moraes. Na época, pertences pessoais como computador e celular foram apreendidos para averiguação.

    “Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandato de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes. Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebe-los pessoalmente”, escreveu Chagas na época do mandado.

    Também em 2019, ao rebater a acusação de que teria ameaçado os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Chagas respondeu dizendo que fez apenas um alerta: “Quem sou eu para ameaçá-los? Eu concluí que, se continuar essa esculhambação no Brasil, eles correm o risco que, de repente, seja criado um tribunal de exceção”, disse ele.

    “Para haver tribunal de exceção, teria que deixar de ser democracia, um golpe militar, um poder ditatorial no Brasil, que ninguém quer. O poder ditatorial que eu vejo no Brasil hoje é o próprio Supremo, que faz o bem entende”, criticou o general, segundo o UOL.

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