A emissora de rádio e TV Jovem Pan publicou uma nota afirmando que “não faz coro e não endossa qualquer lampejo golpista, ato de violência ou o uso retórico irresponsável de instrumentos constitucionais como o artigo 142 da Constituição.”
A publicação da emissora surge após ter sido alvo de boicote publicitário, depois que o grupo militante de esquerda Sleeping Giants Brasil passou a pressionar empresas para que retirassem seus anúncios da emissora.
Conforme a Tribuna de Brasília havia noticiado, a TIM Brasil foi a primeira empresa a ceder a pressão do SGB, retirando os seus anúncios da Jovem Pan. Depois, outras como C6 Bank, Burger King, Natura e o portal IG também encerraram os seus anúncios.
Em sua nota, a Jovem Pan ressalta que “nunca vai apoiar qualquer manifestação que caminhe na direção do enfraquecimento ou da destruição de nossas instituições. Somos defensores do direito de discordar e vamos exercer o papel de críticos sempre que necessário.”
A nota da emissora é uma resposta às críticas de que estaria sendo a “voz bolsonarista” no meio jornalístico. As acusações surgiram após comentaristas da empresa, como Rodrigo Constantino e outros, endossarem as manifestações que ocorrem no país há quase dois meses, em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Não há espaço para ameaças, para violência ou para que se coloque sob suspeita a realização da transição de governo, que seguramente acontecerá no próximo domingo. Se há divergências, que estas sejam discutidas no mais alto nível, de forma propositiva e com argumentos que se sustentem pela clareza e pelo caráter técnico”, diz a nota da emissora.