O deputado federal Marcel Van Hatten reagiu à notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e membro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou uma quantidade possivelmente ilimitada de quebras de sigilo envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
De acordo com a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, a ordem de Moraes foi expedida no último dia 12 de dezembro e “mira um número limitado de bolsonaristas – oito, ao todo.”
“Só que, no despacho, o ministro autoriza que também sejam quebrados os sigilos de todas as pessoas que mantiveram contato com esses investigados, o que amplia indefinidamente o número de alvos”, informou Rangel.
Para Marcel Van Hatten, “se confirmada esta matéria, trata-se do último prego no caixão do Estado de Direito brasileiro e a consolidação do estado policial do STF sobre o país. CPI do abuso de autoridade do STF e TSE deve ser prioridade MÁXIMA do novo Congresso.”
“É impossível aceitar que numa República, numa Democracia, se aceite que a polícia possa ter acesso à privacidade de qualquer cidadão que num período de CINCO anos teve um único contato fortuito com um investigado. Isso é coisa de ditadura, de tirania, de estado de exceção”, completou o deputado.