O general e senador eleito Hamilton Mourão reagiu à notícia de que o presidente Luiz Inácio Lua da Silva (PT) resolveu demitir, neste sábado (21), o então comandante do Exército Brasileiro general Júlio Cesar de Arruda.
Arruda, segundo informações da Folha de S. Paulo, teria sido demitido por ter resistido a um pedido do ministro da Justiça, José Múcio Monteiro, para retirar a indicação do tenente-coronel Mauro Cid para assumir um batalhão de Operações Especiais do Exército em Goiânia (GO).
Mauro Cid foi o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, e está sendo alvo de uma investigação após ter o seu sigilo telefônico quebrado por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Para Mourão, contudo, “se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército”, disse ele à Folha.
“Isso aí é péssimo para o país”, destacou o general da reserva, apontando que a demissão de Arruda, supostamente por essa motivação, seria um erro por parte do governo Lula. Em contato com o portal Metrópoles, Bolsonaro chegou a comentar a indicação de Cid para o comando do batalhação de Operações Especiais de Goiânia.
“Ele foi designado em maio, antes da eleição, sem minha interferência, seguindo o processo seletivo de Exército que iniciou em setembro de 2021. Independentemente do resultado eleitoral, ele daria prosseguimento na sua carreira militar”, comentou o ex-presidente.