O senador Sérgio Moro reagiu contra um pedido feito pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável na PGR pelo inquérito do 8 de Janeiro, que solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a determinação para que as redes sociais enviem a lista completa de todos os seguidores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
O pedido inclui, obviamente, as informações sobre cada seguidor do ex-presidente, o que significa milhões de pessoas. Para Moro, se o pedido for acatado, representará uma “violação da privacidade” dos brasileiros.
“A diligência pretendida pelo subprocurador-geral, com a identificação completa de todos os milhões de seguidores de Jair Bolsonaro nas redes sociais, é injustificável, além de provavelmente impraticável”, disse o senador, ex-juiz federal responsável pela 1ª Instância da Operação Lava Jato.
Moro prosseguiu: “Representa uma violação da privacidade de milhões de brasileiros. O MP deveria reconsiderar o requerido.”. O posicionamento do senador reflete o de outros brasileiros e autoridades, também preocupados com a amplitude do processo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O argumento principal é de que se o ex-presidente é alvo de investigação, o alvo não pode ser os seus seguidores. Até o fechamento dessa matéria, não obtivemos informações quanto à decisão do ministro Moraes acerca do pedido.