A Polícia Federal desencadeou na manhã de hoje uma operação contra ninguém menos que o pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o general da reserva Mauro César Lourena Cid, tido como um dos mais respeitados da Força Terrestre.
A operação realizada na manhã desta sexta-feira (11/8) é de busca e apreensão em três endereços residenciais do militar de alta patente. Segundo informações do Metrópoles, as buscas ocorrem em Niterói, no Rio de Janeiro, e em endereços de São Paulo e Brasília.
A operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que vem sendo o principal alvo de críticas por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. A ação de hoje, denominada “Operação Lucas 12:2”, investiga a suposta atuação de associação criminosa de peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com a corporação, os investigados utilizariam “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.
A operação de hoje, dessa vez contra um general do Exército, a mais alta patente da corporação, sem dúvida deverá repercutir entre os militares, tendo em vista que ela impacta a imagem da Força como um todo e coloca em xeque a possibilidade de novos generais serem alvos de outras operações.
Entre os nomes possíveis de alguma ação de investigação estão o general Augusto Heleno, ex-comandante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o ex-ministro da Defesa general Antônio Braga Netto, e Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército durante o período das eleições.