Durante uma audiência na Câmara dos Deputados, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, fez uma declaração polêmica ao não demonstrar muita importância com a presença de empresas como a UBER no Brasil, segundo ele, porque existem concorrentes no mercado.
Empresas como a UBER e a Ifood tem sido alvo de críticas por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem exigindo dessas plataformas a regulamentação dos seus colaboradores.
Ou seja, a formalização empregatícia de motoristas e entregadores, semelhantemente ao que acontece na contratação via CLT. Essa proposta, contudo, divide opiniões, pois muitos consideram que ela poderá prejudicar a oferta de trabalho informal.
“Não é justo que nós tenhamos trabalhadores, jovens e particulares, sujeitos ao trabalho de aplicativo nas grandes cidades, trânsito estressante, tendo que trabalhar 14, 16 e 17 horas por dia, para sobrar alguma coisa e sustentar sua família. Isso é trabalho quase análogo à escravidão, é sub-exploração”, argumentou Marinho.
Questionado, então, como seria a situação, caso a UBER resolva deixar o Brasil, ele foi taxativo: “Se a Uber quiser sair do Brasil, problema da Uber. Outras empresas ocuparão seu lugar.” E completou: “Sugeri aos Correios que criassem um aplicativo para trabalhar com dignidade, sem a neura do lucro, como acontece no Uber.”
Críticos da formalização no modelo de contratação dos aplicativos, no entanto, argumentam que é justamente por causa da informalidade e falta de burocracias, que a ampliação da oferta de trabalho através desses serviços é possível.
Parte dos trabalhadores também acredita que a informalidade dá a eles maior liberdade, já que a carga horária é relativa ao modo como cada entregador/motorista decide trabalhar. Outros, porém, defendem que haja melhorias no modelo de contratação, afim de que obtenham maior proteção das empresas. Assista: