O presidente Jair Bolsonaro falou na manhã desta quinta-feira (09) o que muitos aliados do Planalto concordam sobre a polêmica envolvendo a hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus. Ele afirmou que “isso é uma guerra ideológica em cima disso, guerra de poder”.
Desde o início desta semana o presidente tem travado uma batalha de argumentos contra os críticos do medicamento, entre eles o governador de São Paulo, João Doria, que tem alegado a necessidade de mais estudos que comprovem a eficácia da cloroquina.
O próprio ministro da Saúde, Henrique Mandetta, também virou alvo de críticas do presidente e ficou na berlinda do cargo que ocupa no governo, já que ele também defende a necessidade de mais estudos sobre os efeitos da substância nos pacientes de coronavírus.
Para Bolsonaro, no entanto, a pandemia exige uma situação de emergência, não cabendo no momento esperar um consenso científico sobre o assunto, a mesma posição de pelo menos 30 cientistas que assinaram uma carta para Mandetta pedindo o uso do medicamento.
“Eu contei uma história bacana da guerra no Pacífico. O soldado chegava sem sangue e não tinha transfusão, não tinha outro para doar. Então, o pessoal lá botou água de coco na veia e deu certo. Serviu como soro, imagina se fosse esperar uma comprovação científica, quantos não morreriam? Aqui a mesma coisa”, afirmou Bolsonaro.