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    Constantino: Moro prometeu bala de prata, mas tiro foi de festim

    Rodrigo Constantino analisou o depoimento de Sérgio Moro à Polícia Federal com alegorias típicas de cinema. Para o jornalista, o ex-ministro teria prometido expor uma “bala de prata” – que nos filmes de Hollywood seriam capazes de matar o vampiro – e terminou expondo uma “bala de festim”, outro artifício das produções na telona para fazer os disparos serem reais.

    “Tinha uma expectativa muito grande que fosse sair daí uma bala de prata e não aconteceu nada parecido. Essa é a verdade. Há uma diferença muito clara entre crime e uma intenção de cometer um crime sob a ótica subjetiva de alguém”, declarou em seu comentário no programa 3 em 1, da rádio Jovem Pan.

    “A intenção de cometer alguma coisa que pode ser encarada como crime não é a mesma coisa que crime. […] Se você fosse acompanhar com calma aquilo que Moro disse, no dia que anunciou sua saída, ele não tinha acusado o presidente de nenhum crime. Mas, a narrativa dos opositores do presidente davam a entender que já era um tiro cometido. E isso, seria um crime de prevaricação do Moro, então ele – de forma muito inteligente, inclusive – deixou claro que estava incomodado com aquilo que ele percebia como a tentativa de ingerência na PF”, avaliou.

    Ainda valendo-se do cinema como referência alegórica, Constantino classificou como inofensivo o disparo do ex-ministro: “Ora, nós não vivemos, ainda, num país que tem ‘crime-ideia’, como no [livro 1984, de George Orwell] ‘Big Brother’; nós não vivemos ainda no filme distópico do Minority Report, onde se pune o crime que vai ser cometido. Então, não há crime. É um tiro de festim”.

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