Restando poucos dias para a manifestação dia 25 na Avenida Paulista, em São Paulo, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, o Partido dos Trabalhadores resolveu ingressar com uma ação no Ministério Público Eleitoral, alegando temor de “ruptura democrática”.
“Não se nega o direito de livre manifestação de pensamento e a possibilidade de realização de manifestações públicas. Tais direitos, todavia, não podem afrontar o Estado Democrático de Direito”, diz a representação, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Na ação, o PT pede que o MPE exija esclarecimentos do governador Tarcísio de Freitas, bem como da Polícia Militar estadual, a respeito das medidas que serão tomadas para que o evento não se converta em uma espécie de novo 8 de janeiro de 2023.
O pedido, segundo a ação, é “para garantir que os atos convocados não se desvirtuem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática”, destaca o texto.
A manifestação marcada para domingo próximo tem o apoio de líderes evangélicos e autoridades políticas. Até o momento, cerca de 100 deputados federais confirmaram presença no evento, além de senadores e governadores, como o próprio Tarcísio de Freitas.
Com a recente declaração do presidente Lula contra o Estado de Israel, provocando uma crise diplomática com àquele país que está em guerra contra o grupo terrorista Hamas, alguns analistas ainda preveem que o ato do dia 25 poderá ganhar combustível nos próximos dias.
Ao comentar o ato na Paulista, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a presença de Tarcísio, dizendo que a manifestação não será pacífica, mas sim um incentivo ao “golpe”.
“Não governador, não é uma manifestação pacífica, a última manifestação desse pessoal depredou as sedes dos Três Poderes, que o mundo inteiro assistiu horrorizado. Essa manifestação será um flerte com o golpismo, com o fascismo. É uma afronta à democracia e à Constituição”, reagiu a petista.