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    TENSÃO: apuração de votos na Venezuela é marcada por acusações da oposição contra Maduro

    Neste domingo, dia 28 de julho de 2024, ocorreu a votação para o próximo presidente da Venezuela. O país, controlado pela ditadura de Nicolás Maduro, há anos tem feito eleições de fachada, servindo apenas como pano de fundo para a sustentação do “chavismo” no poder.

    Este ano, porém, após anos de desgaste político, econômico, crescimento exponencial da pobreza e evasão populacional, Maduro pela primeira vez parece estar disposto à reconhecer uma derrota nas urnas.

    Ao longo da votação, contudo, registros de supostas intimidações por parte do governo começaram a se multiplicar, com membros da oposição acusando o regime de tentar impedir a votação contrária a Maduro.

    Opositores de Maduro afirmam que pesquisas de boca de urna deram vitória da oposição com mais de 60% das intenções de voto, mas os dados oficiais, até então, não foram divulgados, visto que ainda há filas para votação em algumas sessões no país.

    Segundo informações da GloboNews, cerca de 14% das sessões de votação apresentaram incidentes, mas as informações ainda não estão claras. No momento, a oposição cobra a presença nos locais de apuração dos votos, tendo a líder María Corina Machado como a principal voz da oposição no país.

    “Vimos como os centros estão cheios de gente (…) em todos os centros do país o que estamos vendo é uma participação apoteótica e me sinto muito orgulhosa de ser venezuelana e destas nossas gerações que, em um dia como hoje, superando todos e cada um dos obstáculos, estão realizando um sonho”, disse ela em uma coletiva de imprensa, neste domingo.

    Apesar dos relatos de incidentes, Corina avaliou a votação como “pacífica” no país. “Também quero reconhecer que, até agora, o comportamento do Plano República (das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas), como esperávamos, está de acordo com o mandato que os cidadãos militares têm no artigo 328 da Constituição”, disse ela.

    Para garantir a lisura do processo, Corina e Edmundo González, seu substituto no processo eleitoral, pediram aos eleitores para que permaneçam nos locais de votação, a fim de acompanhar a apuração dos votos.

    “Convocamos as testemunhas a permanecerem nos centros até receberem as atas correspondentes aos resultados das tabelas”, disse González. Corina reforçou: “Já temos resultados… Estas são as horas decisivas. É crucial que as testemunhas permaneçam nos centros eleitorais. Estamos recebendo registros… Foi um dia heróico na Venezuela.” Assista:

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