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    Desesperados com subida de Marçal, aliados de Nunes imploram por ajuda de Bolsonaro

    A recuperação de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas eleitorais em São Paulo levou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a redobrarem a pressão para que ele se engaje mais na campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

    O governador Tarcísio de Freitas se encontrou com Bolsonaro para um café da manhã em Guarulhos na quarta (2), e fez apelos insistentes para que ele grave vídeos em apoio a Nunes.

    Outros líderes partidários e religiosos também têm feito apelos dramáticos ao ex-presidente. Até agora, em vão.

    A tensão é grande entre eles e tem explicação: o atual prefeito parou de subir na maior parte das sondagens, e seus aliados enxergam o risco de ele ser ultrapassado pelo ex-coach nos próximos dias, já que está em ascensão.

    Se a velocidade da subida de Marçal seguir no mesmo ritmo, ele pode até tirar Ricardo Nunes do segundo turno, acreditam as lideranças que apoiam o emedebista.

    Há uma crença de que Bolsonaro pode evitar o que é visto no grupo como tragédia: os eleitores que votaram nele em 2022 migrarem em massa para Marçal na reta final.

    A explicitação de um apoio firme de Bolsonaro na TV e nas redes sociais é considerada imprescindível para erguer uma barreira que evite a perda desse votos para o ex-coach.

    O ex-presidente, no entanto, resistiu até agora. Depois do café com Tarcísio, ele foi para o Rio de Janeiro, onde pretende ficar em campanha na reta final das eleições. Na viagem de carro, parou em cidades do Vale do Paraíba para apoiar seus candidatos.

    Bolsonaro admite, no máximo, citar o nome de Nunes em lives que fará nesta semana para indicar os candidatos que apoia pelo país.

    Os aliados do ex-presidente ensaiam explicações para a atitude. Uma delas seria o receio que Bolsonaro tem de apelar para seu eleitorado e não ser ouvido —arriscando derreter a sua liderança. A outra razão é que ele estaria contrariado com o fato de ter sido dispensado de participar da TV no início da campanha. A equipe de Nunes queria evitar colar no candidato a rejeição do ex-presidente em São Paulo.

    O núcleo mais próximo de Bolsonaro, porém, ainda não desistiu de convencê-lo, e segue conversando e enviando mensagens para tentar fazê-lo mudar de ideia.

    A ideia é que o ex-presidente grave mensagem pedidindo a seus eleitores em São Paulo que votem em Nunes, que teria maior chance de vencer Guilherme Boulos no segundo turno. Por: Mônica Bergamo/Folha de S. Paulo

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