diretor geral do Instituto Butantan, Dimas Covas falou ainda na segunda-feira que a morte de um dos voluntários nos testes da CoronaVac, também conhecida como “vacina chinesa”, não possui relação com o medicamento. Contudo, ele também não explicou a causa do falecimento do voluntário.
“Em primeiro, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina”, disse Dimas Covas na TV Cultura, segundo o G1.
Na segunda-feira a Anvisa anunciou a suspensão dos testes clínicos da CoronaVac devido à morte do voluntário, o que para Dimas foi uma surpresa devido ao grande número de voluntários, no total 10 mil.
O diretor do Butantan explicou que devido ao grande número de pessoas é possível que ocorram mortes por outras causas. No entanto, a interrupção dos testes clínicos envolvendo voluntários é um procedimento padrão da Anvisa, visando a segurança dos envolvidos, até que a causa real da morte seja devidamente constatada.
“Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina”, disse Dimas, novamente sem explicar a causa da morte.
“É o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina. Portanto, não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico”, declarou Covas.