Um novo decreto emitido pela Prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, estabelecendo um novo lokdown (fechamento) na região provocou a reação de comerciantes, fornecedores e prestadores de serviços em protesto contra a medida.
A iniciativa está sendo vista como um movimento de “desobediência civil” em função dos prejuízos acarretados pelo fechamento das atividades comerciais presenciais durante a pandemia, o que poderá agravar com um novo lokdown.
A intenção da Prefeitura é conter o avanço da contaminação com o novo coronavírus. “O fechamento não tem caráter punitivo, tem o caráter de tentar diminuir a circulação do vírus”, afirmou o secretário de Saúde da capital mineira, Jackson Machado Pinto, segundo a Gaúcha.
“Caso os indicadores mostrem que as taxas estão caindo, podemos voltar a flexibilizar as atividades na cidade”, completou. Para Emerson Parreira, no entanto, proprietário de um comércio de telefonia na região, o risco de falência do seu estabelecimento faz com que na sua opinião valha mais a pena desafiar o poder público, mantando-se aberto.
“Não posso me dar ao luxo de ficar fechado nem por quatro horas. Tenho R$ 10 mil de contas fixas e não tenho de onde tirar dinheiro depois de um ano tão difícil como foi o de 2020. Já demiti dois funcionários e quero tentar manter os dois que restam”, disse ele, segundo O Tempo.
“Vou continuar atendendo sim. Fechar é completamente inviável porque tenho as despesas fixas. Claro que vou tomar todos os cuidados porque essa doença não é brincadeira, mas não tenho escolha”, disse outra comerciante, proprietária de um salão de beleza que pediu anonimato.
Nesta segunda-feira, um vídeo passou a circular nas redes sociais. Ele mostra comerciantes reunidos na frente da Prefeitura de BH. Confira: