No atual contexto de pandemia mundial do novo coronavírus, desenvolver a própria vacina contra o Covid-19 é uma tremenda conquista, visto que isso torna o país independente de nações e organizações estrangeiras, ficando livre de especulações diplomáticas, ideológicas e comerciais.
Ao que tudo indica, o Brasil está muito próximo de se tornar uma das poucas nações a ter a sua própria vacina, desenvolvida, produzida e distribuída em grande escala, inclusive com capacidade de exportação, dado o tamanho da indústria nacional.
Quem deu a boa notícia foi o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. Ele disse que três modelos de vacinas brasileiras contra a covid-19 já estão “a ponto de bala”, frisando que agora necessita apenas de um novo investimento na casa de R$ 390 milhões para entrar na fase clínica de testes, em humanos, última etapa do desenvolvimento antes da aprovação da Anvisa.
“Eu tinha recurso para fazer, e fiz, toda essa parte de desenvolvimento inicial até o final do pré-clínico. Quando entra no teste com pacientes, o valor aumenta consideravelmente porque precisamos preparar lotes pequenos da vacina, logística, aplicações, e eu não tenho recursos, no momento, para isso”, explicou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Estamos analisando possibilidades de como conseguir esse financiamento para empurrar o projeto dessas três ou mais vacinas que devem entrar no teste clínico. E, com o resultado, vemos quais dão mais segurança e funcionam bem, para irmos para a parte com milhares de pacientes”, completou.
O ministro afirmou que já entrou em contato com o Ministério da Economia e também analisa a possibilidade de utilizar leis de incentivo do próprio Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, informou o UOL.
Se tudo der certo, Marcos Pontes disse que a vacina brasileira poderá estar disponível no Brasil ainda este ano, o que tornará o país independente, por exemplo, do fornecimento de vacinas e insumos de outros países, como a China.
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