O Conselho regional de Medicina do distrito Federal (CRM-DF) publicou uma nota em oposição ao lockdown imposto pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
O conselho já havia se manifestado quanto ao assunto anteriormente, condenando a maneira como certas figuras estariam “politizando” a pandemia, de modo a transformá-la em uma ferramenta política de agressão ao governo federal.
De acordo com o CRM-DF, o emissário da Organização Mundial da Saúde (OMS), doutor David Nabarro, afirmou que a medida (lockdown) “não salva vidas e faz os pobres muito mais pobres” se aplicada isoladamente ou como principal recurso contra a pandemia.
Na nota os médicos também ressaltaram que a restrição maior de liberdade causa o aumento da incidência de transtornos mentais, o uso e abuso de álcool e de outras drogas, agravamento de doenças crônicas e etc.
Além disso, declararam que o Amazonas, estado com o maior índice de isolamento social no Brasil, apresentou o maior número de internações e mortes pelo coronavírus cerca de 30-40 dias após o inicio do primeiro lockdown.
No meio deste contexto e de certas oposições à opinião do conselho, o pesquisador Atila Lamarino divulgou em seu twitter sua visão quanto à quarentena.
“Eles (OMS) não dizem que não funciona, dizem ‘pare de usar o lockdown como seu método de controle primário, desenvolva sistemas melhores para fazê-lo’. Vulgo rastreio de contato e testes. Dão Lockdown como medida extrema”, afirmou o pesquisador, declarando que o conselho teria distorcido às palavras da OMS.
Segundo o Poder360, ao serem questionados sobra a nota, O CRM-DF afirmou que o Distrito Federal e a Secretaria de Saúde tiveram tempo para que as preparações fossem feitas no caso do aumento dos casos. “A experiência internacional já mostrou que o lockdown sozinho não resolve nada”, declarou o conselho.