Em Minas Gerais, prostitutas decidiram parar com o atendimento ao clientes por um período indeterminado, devido ao aumento no número de infectados pela Covid-19 no estado.
As profissionais do sexo demandam que o grupo passe a ser considerado como um dos prioritários para a vacinação, e a iniciativa foi confirmada pela presidente da Aprosmig (Associação das Prostitutas de Minas Gerais), Cida Vieira.
“Nosso trabalho é de contato físico diário e com várias pessoas. Somos muito vulneráveis e tínhamos que ser incluídas em algum grupo de risco. Não queremos que nos passem na frente de ninguém, mas que nos vejam com olhos de humanidade”, declarou ao UOL.
De acordo com Cida, as trabalhadoras noturnas vem sofrendo com certos tipos de estigmas, que teriam sido estabelecidos pelo governo e pelo sociedade.
“Somos tratadas à margem. Convivemos com doenças sexuais, cuidamos de famílias, mas não pensam em nós como um grupo que precisa de cuidados especiais, principalmente na pandemia”, afirmou.
A presidente da Aprosmig reforçou que a entidade apenas deseja que elas sejam consideradas como um grupo de risco, e não necessariamente prioritário, afirmando que desejam possuir um suporte justo e serem consideradas como pessoas que precisam de ajuda neste momento, mas que não desejam se colocar acima ou abaixo de ninguém.
Após a paralização, a prefeitura de Belo Horizonte divulgou que tem trabalhado para combater a insegurança alimentar de vários públicos que se encontram em situações vulneráveis, através da distribuição de cestas básicas.