No último domingo (04), Nicolás Maduro, o ditador em controle da Venezuela, declarou em seu balanço oficial sobre a Covid-19 no país que a variante brasileira do vírus deveria se chamar “Bolsonaro”. Além disso, Maduro chamou o atual presidente da República de “louco, psicopata”.
“A mutante brasileira deveria se chamar mutante Bolsonaro, porque ele é culpado por abandonar o seu povo, por ser louco, insensível, psicopata”, afirmou Maduro.
Em um complemento, o ditador afirmou que o atual presidente não se interessa pelos interesses da população, e que esta seria a causa do Brasil estar atualmente com o número de casos elevados.
O Brasil registrou mais de 331 mil mortes pela Covid-19 até o último domingo (04), com 1.233 óbitos registrados nas últimas 24 hora. Com estes números, o país chega a uma média de 2,274 mortes a cada 24 horas nos últimos sete dias.
Por outro lado, a crítica de Maduro vem de maneira um tanto quanto controversa, tendo em mente que a Venezuela se encontrava sob “emergência humanitária complexa” mesmo antes da pandemia, como foi declarado pelo relatório da ONG norte-americana Human Rights Watch em 04/04/2019.
Como estabelece o G1, a ONG norte-americana avistou problemas como a piora nos indicadores de mortalidade materna e infantil, a disseminação de doenças evitáveis por meio de vacinas (como sarampo e difteria), o aumento na transmissão de doenças infecciosas como malária e tuberculose, a desnutrição infantil e a segurança alimentar, que se encontrava em situação crítica.
Esses levantamentos levaram, na época, a ONG a solicitar que as Nações Unidas priorizassem ações humanitárias na Venezuela, e também exigissem das autoridades venezuelanas acessos detalhados e completos sobre saúde e abastecimento.