O escritório da ONU localizado no Brasil emitiu na última sexta-feira (09) uma nota na qual alertou o governo brasileiro sobre a situação do país com relação à pandemia, afirmando que o país vive um momento crítico.
Com a nota, a ONU pediu que o governo brasileiro desenvolvesse meios para restringir o fluxo de pessoas na rua, e afirmou que na ausência de um plano de ação, o país estará seguindo rumo a uma catástrofe.
“As Nações Unidas instam os governos a adotar estratégias de restrição da circulação de pessoas e a prover o apoio necessário à população para que essas medidas possam de fato ser cumpridas”, argumentou a entidade.
O atual presidente da República Jair Messias Bolsonaro se mantém firme em seu posicionamento contra a política do lockdown, como ele mesmo afirmou na última quarta-feira (07).
“O Sistema ONU acompanha com preocupação o recrudescimento da pandemia de COVID-19 no Brasil e ressalta a necessidade de adoção de medidas preventivas para diminuir a curva de transmissão do coronavírus e garantir o direito humano à saúde”, afirmou a ONU.
Segundo o UOL, de maneira um tanto quanto alarmante, o alerta da Organização das Nações Unidas ocorreu no mesmo dia em que a Organização Mundial da Saúde descreveu a situação no Brasil fazendo uso da palavra “inferno”.
Ainda na OMS, a mesma divulgou que não existem vacinas suficientes para suprimir a demanda extra feita pelo governo brasileiro, e alegou que atualmente o país representa cerca de um terço das mortes diárias no planeta pela Covid-19.
“O aumento persistente no número de casos e de óbitos deve servir de alerta para todos – governos, população, sociedade civil, academia, setor privado, instituições religiosas, entre outros – quanto à urgência de interromper a escalada da doença no país, sobretudo para evitar o surgimento de novas variantes do vírus”, afirmou o comunicado emitido pelas Nações Unidas.
Um dos recados mais importantes da ONU é que não se pode ter a vacina como o único instrumento disponível para combater o coronavírus, de modo que as medidas restritivas devem ser respeitadas até que toda a população seja vacinada.
“Até que todas e todos estejam vacinados e protegidos contra a doença, todas as medidas de redução do contágio devem ser respeitadas. Reduzir a disseminação do vírus, garantir apoio econômico à população e agilizar a vacinação devem ser as prioridades do país”, declarou a coordenadora.