Interrogado nesta quarta-feira (19) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do novo coronavírus, o ex-ministro da Saúde e general do Exército Brasileiro, Eduardo Pazuello, defendeu a soberania do Brasil diante dos posicionamentos da Organização Mundial de Saúde sobre a crise mundial de saúde.
Pazuello explicou que a OMS não possui autoridade para determinar, ou seja, impor aos países como devem proceder em suas políticas de saúde, mas apenas de orientar, ficando a critério dos países acatar ou não tais orientações.
“Nós não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação de OMS ou de ONU ou de lugar nenhum. Nós somos soberanos”, disse Pazuello. A fala do ex-ministro, na prática, rebate a ideia implícita de que o governo brasileiro estaria obrigado a seguir às orientações da OMS.
Assim como o ex-Chanceler Ernesto Araújo argumentou em seu depoimento na terça (18), Pazuello falou que a OMS mudou várias vezes às suas posições, motivo pelo qual o governo brasileiro não teria adotado à risca os seus comunicados.
“As organizações como a OMS, Opas [Organização Pan-Americana da Saúde] […] estavam presentes diariamente conosco no ministério e elas basicamente não impõem. A OMS e a Opas não impõem nada para nós. Nossa decisão é plena, o Brasil é soberano para tomar suas decisões em qualquer área, inclusive saúde”, afirmou o ex-ministro.