Depondo nesta quarta-feira (25) na CPI da Pandemia, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Dra. Mayra Pinheiro, reagiu a uma postura verbalmente agressiva por parte do senador petista Rogério Carvalho (PT-SE), o qual insinuou que ela teria sido treinada para mentir.
“Me respeite… me respeite”, disse ela enquanto Rogério Carvalho falava com agressividade através de vídeo-chamada. “Me respeite senador, não sou mentirosa… eu vim aqui na condição de testemunha”, continuou Mayra, lembrando ela não é acusada de qualquer crime e está colaborando com a CPI.
Em sua fala, o senador falou exaltado, com destaque nosso: “No meu direito parlamentar, fiz o que minha consciência manda. Não é o senhor e nem ninguém que vai dizer como eu vou me portar aqui. Tenho minha opinião e ela é clara. Todos que vêm aqui estão treinados para mentir e enganar o Brasil”.
Um dos principais pontos também questionados durante o depoimento de Mayra foi a defesa que ela faz do chamado “tratamento precoce”, o qual inclui o uso de medicamentos como a cloroquina e a ivermectina.
Em dado momento, a profissional rebateu estudos questionáveis como o publicado pela revista The Lancet no ano passado, e defendeu a liberdade dos médicos em poder agir com autonomia, dizendo que vidas poderiam ter sido salvas se não houvesse “politização” do assunto.
Em outro momento, Mayra também rebateu o questionamento do relator Renan Calheiros sobre o motivo do Brasil não ter seguido algumas orientações da Organização Mundial de Saúde, feitas no ano passado. Ela apontou falhas já cometidas por parte do órgão e defendeu a soberania nacional diante da tomada de decisões, afirmando que o país “não é obrigado” a seguir a OMS. Assista:
“O Brasil não é obrigado a seguir orientação da OMS”, diz médica na CPI da Covid