A notícia de que o governo brasileiro autorizou a realização da Copa América no Brasil provocou reações negativas entre alguns membros da CPI da Pandemia, entre eles o relator, senador Renan Calheiros, e o vice-presidente da Comissão, o senador Randolfe Rodrigues.
“Com mais de 462 mil mortes sediar a Copa América é um campeonato da morte. Sindicato de negacionistas: governo, Conmebol e CBF. As ofertas de vacinas mofaram em gavetas mas o ok para o torneio foi ágil. Escárnio”, disparou Calheiros ao saber da notícia nesta segunda-feira, em sua rede social.
Ranfolfe, por sua vez, anunciou que já elaborou um requerimento para a convocação da Confederação Brasileira de Futebol para prestar esclarecimentos na CPI. Em tom um pouco mais ameno, ele deu a entender que adotando medidas sanitárias adequadas é possível realizar o evento no Brasil.
“Estou protocolando requerimento convocando o Presidente da @CBF_Futebol na CPI da Pandemia, é necessário saber quais as medidas foram planejadas para garantir segurança sanitária aos brasileiros diante da realização da Copa América com tanta celeridade em nosso país”, avisou o senador.
A autorização para que a Copa América fosse realizada no Brasil – e não na Argentina, como previsto inicialmente – partiu de um acordo entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e o presidente Jair Bolsonaro. Ambos se falaram ao telefone antes do anúncio da decisão.
“O governo do Brasil demonstrou agilidade e capacidade de decisão em um momento fundamental para o futebol sul-americano”, informou a Conmebol, segundo informações do UOL.