Conforme se aproxima o Dia da Independência do Brasil, comemorado em 7 de setembro, parece cada vez maior o número de pessoas e entidades que expressam apoio às manifestações previstas para ocorrerem em várias cidades do Brasil, especialmente na Avenida Paulista, em São Paulo, e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Na segunda-feira (23/08) foi a vez da Associação Nacional dos Militares Estaduais do Brasil (AmeBrasil) divulgar uma nota que, na prática, significa um apoio indireto ao ato do dia 7. A entidade não se colocou de forma partidária, mas deixou evidente o tom crítico contra a reação de alguns governadores ao movimento, destacando que não se sujeitará “ao referendo de nenhum” deles.
O documento também parece uma resposta ao que alguns governadores oposicionistas insinuaram sobre um possível uso da Polícia Militar contra uma eventual “ruptura” promovida pelo Governo Federal.
Na nota, a AmeBrasil deixa claro que as polícias militares (PMs) seguirão o Exército no caso de “defesa interna ou de ruptura institucional (estado de sítio ou de defesa)”, ressaltando que compete às polícias militares “a segurança e a ordem pública, conforme mandamento da Constituição Federal, no seu artigo 144”, e que, “no caso de ruptura institucional”, servirão “como força auxiliar e reserva do Exército”.
“Nosso laço institucional na defesa da pátria com a força terrestre brasileira (Exército) é indissolúvel e não está sujeito ao referendo de nenhum governador, partido político ou qualquer outra ideologia que não seja a proteção da pátria, da segurança e da soberania”, diz o documento.
Em 2019, a entidade já havia se posicionado criticamente em relação ao governador João Doria, que na ocasião se referiu a alguns militares aposentados como “vagabundos”. Assista abaixo: