A Polícia Federal reabriu o inquérito sobre a facada em Jair Bolsonaro e vai analisar o celular do advogado de Adélio Bispo. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou no começo do mês a análise de dados bancários e do material reunido em busca e apreensão realizada contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
Adélio deu uma facada no então candidato Jair Bolsonaro (sem partido) durante campanha eleitoral em 2018. O material está com o delegado Rodrigo Morais Fernandes, que vai analisar também as informações fiscais de Zanone. Imagens do circuito interno de TV do escritório de advocacia também serão parte do inquérito.
O acesso aos dados do advogado tinha sido suspenso provisoriamente, por meio de um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Por 3 votos a 1, os desembargadores do TRF-1 rejeitaram a ação.
A defesa de Bolsonaro argumenta que o material pode ajudar a esclarecer se Adélio Bispo agiu de fato sozinho ou teve algum tipo de auxílio, como financiamento, e considera que decisão do TRF-1 viabiliza a reabertura da apuração.
“Até agora, depois de tudo o que foi investigado, não se identificou nada em relação a terceiros. A única lacuna era justamente nessa questão dos advogados do Adélio. Com essa decisão, vai ficar mais fácil saber se havia um terceiro ou não”, afirmou o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso.
“Basicamente, é só isso o que falta: descobrir se os advogados assumiram o caso visando à exposição ou se eles foram contratados”, destacou o militar. Zanone ainda não se manifestou sobre a abertura de inquérito. Com informações: G1