O presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o aumento do número de desempregados no país este ano, acima dos 13%, segundo novo levantamento divulgado na quinta-feira (06). O chefe do Executivo, no entanto, destacou a pandemia do novo coronavírus como um agravante, além das decisões de alguns governadores e prefeitos.
“Tivemos a notícia. Quase nove milhões de pessoas perderam emprego no segundo trimestre, durante o pico da pandemia (…) Eu já vinha falando lá atrás tínhamos no mínimo duas ondas. E tem uma terceira também, a questão da vida, tem que se preocupar com ela sim. E depois tem a questão da recessão”, frisou Bolsonaro.
“Muito gente diz, e eu também digo, que esse efeito colateral é mais grave do que o do próprio vírus. Alguns falando ali ‘economia se recupera, saúde não’. Eu sei disso, mas é preciso fazer uma conta de chegada. Não pode ser ‘fecha tudo'”, completou o presidente.
As declarações foram dadas durante a live semanal transmitida pelas redes sociais. Na ocasião, Bolsonaro estava acompanhado do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello. O presidente também deu a entender que se o PT tivesse vencido às eleições em 2018, o cenário atual não seria diferente.
“Eu fui para o segundo turno com outro cara [Fernando Haddad] disputando a Presidência. Imagina se aquele outro cara tivesse ganho? Você acha que ele estaria apoiando essas medidas de ‘fecha tudo’, fique em casa, multa quem está na rua, algema quem está na praia ou seria uma política semelhante à nossa?”, questionou.
“Se bem que com todo respeito, o STF decidiu que as medidas restritivas eram de competência exclusiva de governadores e prefeitos. Então desemprego, em grande parte alguns governadores e prefeito tem essa responsabilidade”, concluiu Bolsonaro.