Ao comentar a substituição do atual presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna, o presidente Jair Bolsonaro negou que estivesse interferindo na política de preços da empresa, argumentando que a mudança visa obter maior transparência e dar celeridade na administração da estatal.
Em uma declaração na saída do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, Bolsonaro criticou a forma como Castello Branco vinha conduzindo a Petrobrás, segundo o presidente, trabalhando apenas “de casa”.
Algumas vezes Bolsonaro chegou a insinuar que a Petrobrás não estaria sendo gerida de modo a atender os interesses do povo brasileiro, mas sim de um “pequeno grupo” no Brasil, afirmando que tudo o que deseja é “transparência” e “previsibilidade” na política de preços da empresa.
Na última quinta-feira, o presidente já havia levantado suspeitas sobre o aumento sequencial de preços nos combustíveis. “Teve um aumento, no meu entender, aqui, eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras”, disse ele na ocasião, segundo o G1.
“10% hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia”, completou o presidente. Assista abaixo a declaração de Bolsonaro nesta segunda-feira, divulgada na íntegra pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
Agora há pouco! pic.twitter.com/dIcy6KndEt
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) February 22, 2021