O presidente Jair Bolsonaro esteve com jornalistas no final da sexta-feira (05), na saída do Palácio do Alvorada, onde teceu alguns comentários sobre a Organização Mundial de Saúde e a sua relação com o Brasil.
Bolsonaro criticou a OMS pela forma como a entidade vem abordando o combate à pandemia do novo coronavírus, especialmente no tocante aos testes com a hidroxicloroquina, que haviam sido suspensos, mas agora retornaram, depois que um estudo publicado pela revista The Lancet foi retirado do ar.
“E adianto aqui, os Estados Unidos saíram da OMS, e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem viés ideológico, ou vamos estar fora também. Não precisamos de ninguém de lá de fora para dar palpite na saúde aqui dentro”, disse Bolsonaro
A The Lancet precisou emitir um pedido de desculpas à comunidade mundial pela publicação do estudo, o qual foi largamente difundido pelos meios de comunicação tradicionais como um indicativo de que a cloroquina seria prejudicial, aumentando o risco de morte dos pacientes que fizessem uso da cloroquina.
O governo Bolsonaro, por outro lado, defende o uso da cloroquina de forma precoce para o tratamento do novo coronavírus.
“Para que serve essa OMS? A OMS recomendou há poucos dias não prosseguir mais com os estudos sobre a hidroxicloroquina, e agora voltou atrás. É só tirar a grana deles que eles começam pensar de maneira diferente”, disse Bolsonaro.