O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) publicou uma nova resolução sobre o procedimento médico durante abordagem dos pacientes com o Covid-19, ressaltando a autonomia dos mesmos em adotar o tratamento que achar mais adequado.
No documento, o Conselho afirma que o médico poderá adotar protocolos de instituições públicas, privadas ou do Ministério da Saúde para a assistência, assim como tem autonomia de prescrever medicações que entenda serem adequadas para o caso clínico e fase de infecção pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).
A publicação parece uma reação às críticas que alguns profissionais enfrentam por causa do chamado “tratamento precoce”, administrado principalmente com o uso de ivermectina, hidroxicloroquina e azitromicina. O CRM-DF ressalta que nenhum médico deverá ser discriminado ou ameaçado por adotar a abordagem que achar melhor.
“O médico tem autonomia para utilizar medicações que entender adequadas para o caso clínico e fase da COVID-19 em que se encontra o paciente, devendo esclarecer ao paciente ou ao seu representante legal sobre a conduta a ser adotada, e que não há conclusões em definitivo da ciência sobre tratamentos para COVID-19”, diz o documento.
“É vedada qualquer tipo de ameaça, coação, discriminação ou assédio moral entre colegas médicos ou por parte de superior hierárquica médico em decorrência de conduta clínica adotada, por médico, frente ao tipo de abordagem do paciente com COVID-19”, completa.
Ataques ao Governo Federal
Na exposição dos motivos que levaram o CRM-DF a publicar a nova resolução, o Conselho destaca que “ter transformado a Pandemia da COVID-19 em uma ferramenta política de agressão ao Governo Federal foi o que pior poderia ter acontecido na condução e enfrentamento da mesma em nosso país”.
O órgão, no entanto, não aponta quais grupos, pessoas ou partidos estariam por trás do uso político da pandemia contra o governo, mas deixa claro que o momento foi politizado, o que acabou prejudicando o combate à pandemia.
“O tempo não nos autoriza parar e filosofar, discutir política ou aguardar as melhores evidências científicas para agir. Da mesma forma não há lugar para vaidades, disputas de argumentos científicos”, diz o texto. Para ler a íntegra do documento, clique aqui.