O presidente Jair Bolsonaro fez um longo desabafo na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (28), onde criticou duramente os ministros Alexandre de Moraes e Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal.
O presidente comentou a decisão de Moraes na quarta (27), ao ordenar mandados de busca e apreensão em 29 endereços de pessoas ligadas à sua base de apoio. “Acabou. Não da para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais”, disse o presidente
“A liberdade de expressão é sagrada. Me coloco no lugar de todos aqueles que tiveram a sua propriedade privada invadida na madrugada. Me coloco no lugar deles, eu, minha esposa e duas filhas, tendo a Polícia Federal batendo na minha porta”, disse.
Bolsonaro defende Weintraub
Bolsonaro também falou da intimação sofrida por seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, que terá que prestar depoimento no prazo de cinco dias por ter criticado o STF durante a reunião ministerial do dia 22 de abril.
O presidente argumentou que a reunião era privada e seu conteúdo só foi divulgado por causa da decisão de Celso de Mello, que segundo Bolsonaro teria cometido abuso de autoridade por não vetar a maior parte da gravação, a qual não tinha relação com o inquérito que tramita na Corte.
“Mais um dia triste na nossa história, mas o povo tenha certeza de que foi o último dia triste. Nós queremos a paz, harmonia, independência e respeito. Democracia acima de tudo. A liberdade de expressão é algo sagrado entre vocês (jornalistas) e também entre a mídia alternativa”, disse Bolsonaro.
O presidente ressaltou ainda que o termo “gabinete do ódio” se trata de uma invenção com a finalidade de atacar os seus aliados, lembrando que operações como a ocorrida na quarta-feira (27) não irão se repetir.
“Repito, não teremos outro dia igual a ontem”, declarou Bolsonaro em Brasília. Assista: