Agência Brasília – Miguel, um bebê esperto que adora brincar com objetos coloridos, é uma das 2 mil pessoas atendidas pelo Centro de Referência em Síndrome de Down (CrisDown), que funciona no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
O centro existe há nove anos, oferecendo atendimento gratuito, e ganhou, em abril deste ano, uma sede nova toda planejada para atender as necessidades do público. Os recursos vieram de emenda parlamentar do deputado distrital Eduardo Pedrosa, tendo sido o projeto arquitetônico elaborado sem custos.
Muitas crianças como Miguel chegam ao centro encaminhadas pelo hospital onde nasceram, enquanto outras vão para o CrisDown mais tarde. Algumas pessoas são atendidas já na fase adulta. De acordo com a coordenadora do centro, Carolina Vale, não há lista de espera. Todos que entram em contato por meio do WhatsApp (61) 99448-0691 são acolhidos.
Miguel foi atendido, na semana passada, em uma sessão de shantala conduzida pela terapeuta ocupacional Roberta Vieira. Tranquilo e relaxado, ele era acompanhado pelos pais e pela irmã de 15 anos.
“A shantala propicia muitos benefícios para os bebês, como a consciência corporal. No caso dos bebês com síndrome de Down, devido à hipotomia muscular que eles têm e a frouxidão nos ligamentos, a shantala melhora o tônus, a coordenação motora e a consciência do corpo, além de auxiliar no estreitamento do vínculo, pois muitas vezes não é fácil”, explicou Roberta.
Maurício Machado, pai de Miguel, enquanto fazia massagens no filho, lembrou que no início realmente não foi fácil. “A massagem é sempre boa. O CrisDown nos ensinou muito. Nós já tínhamos uma criança que nasceu sem nenhum problema, a Isabela, hoje com 15 anos. Quando soubemos que teríamos uma criança com Down ,foi um choque, mas hoje é só amor”, explicou.