Uma decisão polêmica tomada recentemente pelo Papa Francisco, através do Vaticano, na Itália, foi confrontada pelo arcebispo de Nairóbi, Philip Anyolo, em um anúncio que acaba por acirrar ainda mais a discussão sobre o assunto.
Em um documento publicado dias atrás, o Vaticano autorizou que os líderes católicos abençoem casais homossexuais, o que foi interpretado por muitos como uma abertura da Igreja Católica em relação à união entre pessoas do mesmo sexo.
Líderes católicos negaram que a autorização seja um reconhecimento do casamento gay, argumentando que a bênção apenas se aplica aos indivíduos que desejam ajuda espiritual e fazem essa solicitação, independentemente da orientação sexual.
Philip Anyolo, contudo, disse no último sábado que a autorização “contradiz a doutrina católica tradicional sobre o matrimônio e a família, incluindo a desaprovação da Igreja às uniões homossexuais”.
“A Igreja não tem o poder para conceder bênção a uniões entre pessoas do mesmo sexo”, ressaltou o arcebispo queniano, afirmando que esse tipo de relacionamento é “contra a razão, a natureza e a cultura africana tradicional”.
Arcebispo titular de Ulpiana, na Itália, desde 1992, e considerado um dos maiores críticos do atual Papa, Carlo Maria Viganò também reagiu ao comunicado do Vaticano, chegando a chamar o líder máximo dos católicos de “servo de satanás”, segundo informações do portal Terra.