A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 foi iniciada na terça-feira (27), numa primeira sessão na qual o senador Omar Aziz foi eleito presidente da comissão, possuindo Randolfe Rodrigues como seu vice-presidente.
Ao tomar a liderança da CPI, Aziz indicou o o senador Renan Calheiros para assumir o cargo de relator. O comitê possui como objetivo investigar se houveram omissões do governo federal quanto à pandemia e o combate da mesma, como ilegalidades no desvio da verba da União que foi destinada aos Estados e municípios.
A comissão tem sido alvo recorrente de críticas e polêmicas desde que sua instalação foi determinada no dia 8 de abril, porém a nomeação de Calheiros para o cargo mais importante da mesma está entre uma das mais recentes.
“A CPI foi instaurada e os brasileiros precisam levar a sério este circo porque, no fim das contas, este é o Brasil. O senador Renan Calheiros não poderia ser relator por, ao menos, três motivos: o filho é governador do Alagoas e pode ser investigado na comissão, a ficha corrida que ele tem na Justiça e por já ter sua conclusão”, declarou o comentarista Rodrigo Constantino durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan.
“Para o senador, o presidente foi negligente, culpado e omisso. Tudo isso é uma vergonha para o Senado, que já não tem uma boa credibilidade e ainda montou este circo para jogar mais lenha na fogueira”, completou.
O comentarista também aproveitou a situação para afirmar que a comissão servirá de “palanque eleitoral” para diversos políticos que possuem o objetivo de se candidatarem em 2022.
“Normalmente, as CPIs terminam em pizza. No entanto, essa já começou com uma fornalha aquecida. É puro palanque político. Renan Calheiros é o relator, portanto não é preciso sequer dar um verniz de legitimidade ou seriedade a isso. Hoje, qualquer pessoa minimamente séria está enojada ou tirando sarro desta CPI. A comissão é um circo, mas o palhaço é o povo”.