Centenas de pessoas continua presas devido aos atos de 8 de janeiro desse ano, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e alvos de vandalismo. Segundo parlamentares da oposição, contudo, a maioria dos detidos é alvo de injustiça, pois não teriam cometido violência ou depredação.
Esses parlamentares defendem a teoria de que entre os manifestantes estavam “infiltrados” com o objetivo de realizar atos criminosos de forma proposital, a fim de criminalizar os apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Pensando em conceder liberdade aos presos e também aos que já foram condenados com penas de até 17 anos de reclusão, deputados como Mario Frias, Marco Feliciano e André Fernandes apresentaram um Projeto de Lei que visa dar anistia aos detidos.
“Apresentamos um projeto de lei para anistiar os presos do 8 de janeiro. Essa iniciativa é a mais eficaz e com maiores chances de sucesso, pois sua implementação está inteiramente nas mãos do Congresso”, anunciou Mario Frias.
Segundo o ex-ator, “diferentemente de recursos judiciais, este é um instrumento político. Ele representa a nossa capacidade como eleitos pelo povo de corrigir erros cometidos por outros poderes, nesse caso, uma falha histórica do Judiciário. Não podemos permitir que essa injustiça continue e que faça mais vítimas como o nosso eterno Clezão!”.
Cleriston da Cunha foi um dos presos que acabou morrendo na Papuda, em Brasília, após sofrer um ataque cardíaco. A defesa do réu já havia feito um pedido por sua soltura, afirmando que ele corria risco de morte, mas a solicitação foi negada pelo Judiciário.