Após a gigante manifestação de 25 de fevereiro em favor do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e do Estado Democrático de Direito na Avenida Paulista, onde cerca de 750 mil pessoas se reuniram segundo dados da segurança pública paulista, o Partido dos Trabalhadores buscou fazer uma contrapartida, organizando um ato para este sábado (23).
No entanto, segundo informações da Folha de S. Paulo, as manifestações petistas “foram esvaziadas de manhã”, algo que até o momento parece continuar, tendo em vista a falta de repercussão dos atos nas mídias petistas até o fechamento dessa matéria.
“As da manhã foram esvaziadas, com baixa adesão, em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Campo Grande e Recife. As duas principais são previstas para a tarde, em Salvador e em São Paulo”, diz o jornal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não confirmou presença em nenhuma das manifestações previstas para ocorrer em 22 cidades do país. Além de ser um protesto contra Bolsonaro, o ato também visa lembra os 60 anos de aniversário do regime militar iniciado no Brasil em 1964.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deverá participar a partir das 15h da manifestação prevista para ocorrer no Largo do Pelourinho, em Salvador (BA), região conhecida como um dos principais redutos da esquerda nacional.
“Os organizadores decidiram excluir a prisão de Bolsonaro das bandeiras da manifestação, embora um dos propósitos dos ato seja exigir a punição do ex-presidente e de seus apoiadores que invadiram os três Poderes em 8 de janeiro de 2023”, anuncia a Folha.
A ausência de Lula no ato deste sábado, segundo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, pode ter sido uma decisão preventiva, no sentido de não querer associar o apoio do presidente a um ato previsivelmente fracassado, o que enfraqueceria a sua imagem diante de um contexto de queda de popularidade.
Em 25 de fevereiro passado, apoiadores de Bolsonaro realizaram uma grande manifestação na Avenida Paulista, reunindo centenas de milhares de pessoas, o que também chamou atenção da imprensa internacional. O ato de hoje, convocado pelo PT e aliados, portanto, seria uma tentativa de fazer frente aos números bolsonaristas.