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Invasão à Guiana “será uma agressão ao Brasil”, alerta ex-comandante da Força Aérea

A tensão envolvendo as ameaças do ditador Nicolás Maduro de invadir a Guiana, país que faz fronteira com o Brasil, pode ter implicações que vão muito além da esfera diplomática, segundo um alerta feito pelo ex-comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro Baptista Júnior.

“Segundo a Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA), uma agressão da Venezuela à Guiana será uma agressão ao Brasil. É o que está previsto no capítulo de Segurança Coletiva, não dependendo de amizades ou alinhamentos ideológicos, pois são valores e princípios assumidos”, lembrou o ex-comandante.

Isto significa que, na prática, o Brasil e os demais membros da OEA terão a obrigação de reagir para defender a Guiana em caso de invasão venezuelana. Como a fronteira do Brasil, precisamente no município de Pacaraima, é considerada vital para uma incursão por terra até o território guianense, essa localização tem recebido maior atenção por parte do Exército Brasileiro.

Com os Estados Unidos se pronunciando, afirmando categoricamente que defenderá a Guiana em caso de invasão, a possibilidade de Maduro arriscar uma invasão militar é remota, mesmo obtendo o apoio do presidente Vladimir Putin, da Rússia, outro ditador que já está está em guerra contra a Ucrânia.

Com sua economia arrasada, a Venezuela dificilmente mergulhará numa guerra nesse momento, algo que poderia se virar contra a intenção de Maduro de obter popularidade positiva para as eleições do ano que vem.

E, mesmo que obtivesse o apoio militar da Rússia ou até mesmo da China ou Irã, Maduro ficaria isolado regionalmente, pois nem mesmo o seu maior aliado de esquerda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou que lhe daria apoio em caso de violação ao território guianense. Essa possibilidade é rechaçada pelos militares brasileiros.

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