O deputado federal Nikolas Ferreira foi eleito o novo presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, entidade que contará com um orçamento de R$ 180 milhões, a sexta maior quantia entre as 30 comissões permanentes da Casa.
Parlamentares da base governistas ainda tentaram impedir a eleição, ameaçando retirar seus nomes das indicações para tentar adiar a votação, mas não adiantou. A vitória de Nikolas, ferrenho apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, se consolidou em uma derrota significativa para o governo Lula.
Ao comentar a sua vitória, o deputado mais votado do Brasil disse que vai discutir temas de interesse público, incluindo o ensino domiciliar, apoiado pelos conservadores, mas criticado pela esquerda política e representantes do atual governo.
“Neste ano de presidência, debateremos assuntos importantes e complexos como: Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica, homeschooling, dentre diversos outros temas que são importantes para a Educação em nosso país”, disse ele.
Nikolas também afirmou que a fiscalização das políticas educacionais do governo será uma das suas prioridades. “Estou comprometido em trabalhar com a Comissão para que a educação no Brasil seja um alicerce sólido para todos”, ressaltou o deputado, que se tornou pai pela primeira vez dias atrás.
Reações
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), representante da esquerda nacional, lamentou a vitória de Nikolas, alegando que o mesmo atuará em prol de pautas “extremistas” na Comissão.
“Me entristece muito saber que a gente está apequenando esse espaço tão importante e tão estratégico para o nosso país que é o do debate educacional com essa pequenez dessa polarização e ter alguém que vai estar aqui para lacrar, defender uma pauta extremista e não entende nada de sala de aula”, disse ela, segundo a CNN.
Já o deputado Lincoln Portella (PL-MG), contudo, defendeu a eleição do colega de Parlamento, lembrando que anos atrás o então deputado Marco Feliciano também foi vítima de vários ataques por assumir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A expectativa de Portella, neste caso, é de que Nikolas não passe pelo mesmo processo: “Bom seria que nós não tivéssemos desde o início o problema que tivemos com o deputado Marco Feliciano. Só de assumir a Comissão de Direitos Humanos (em 2013), ele se tornou vítima de tudo aquilo que direitos humanos pensa, sem ele falar nada”, comentou, segundo O Globo.