O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, concedeu uma entrevista onde falou sobre o seu futuro político, bem como a sua perspectiva para as eleições presidenciais de 2026. Na ocasião, o senador fez elogios ao atual chefe do Executivo e não descartou ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Essa é uma decisão que será feita lá na frente, considerando tanto a realidade do governo quanto a vontade das lideranças do partido. Hoje o PSD tem quem já se dedica pelo apoio a Lula, quem defenda o contrário, e há um meio-termo que pode ser decisivo no futuro”, disse ele.
“Eu me filio à linha de que seria interessante para o Brasil ter a continuidade por mais quatro anos do presidente Lula no governo”, completou o senador, segundo o UOL.
Sobre a sua carreira após o fim do seu mandato, Pacheco disse que “é óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa.”
“Brincadeiras à parte também não há nenhum tipo de planejamento sobre isso. E não há planos da minha parte sobre ministério de Estado”, despistou. “Minha missão é permanecer no Senado até o fim do mandato e realizar algumas missões que considero importantes, como reformas do Código Civil e o Código Penal.”
Nas redes sociais, o ex-procurador Deltan Dallagnol criticou a entrevista do senador, insinuando que a recusa de Pacheco em colocar para votação os pedidos de impeachment contra ministros do STF, seria por algum interesse futuro envolvendo a própria Corte.”
“É mesmo uma surpresa que um presidente do Senado, que pretende ganhar dinheiro como advogado após o mandato ou se tornar ministro do Supremo, não leve adiante os pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mesmo com a montanha de provas de abusos judiciais de Moraes?”, questionou Deltan.
“Rodrigo Pacheco ainda defendeu a punição dos réus do 8 de janeiro por terem buscado ‘fragilizar nossa democracia’, demonstrando total alinhamento com a postura punitivista e revanchista da maioria dos ministros do Supremo em relação aos envolvidos nos atos daquela data”, completou.