Após a vitória de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, circulou na imprensa a notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro será um dos convidados para a cerimônia de posse, em janeiro do próximo ano. Contudo, uma vez que se encontra com o passaporte retido, o brasileiro precisará da autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para poder viajar.
A decisão quanto a isso dependerá do ministro Alexandre de Moraes. Para a ex-juíza Ludmila Lins Grilo, independentemente do resultado da decisão, Bolsonaro sairá ganhando com a repercussão do caso.
Moraes, por outro lado, trará sobre si uma repercussão negativa caso não autorize a viagem de Bolsonaro, reforçando as acusações que parlamentares bolsonaristas estão fazendo contra ele junto ao Congresso Americano, avalia a jurista.
“Indo ou não à posse de Trump, Bolsonaro ganha”, disse ela no X. “Se ele for, ganha. Se ele não for por motivos de STF, ganha também, [pois será] mais uma exposição e crise diplomática na conta do Alexandre”.
“Nesse episódio isolado, a única vantagem que Alexandre terá é sentir uma cosquinha de prazer autoritário que durará 24h e não compensará os efeitos permanentes”, argumentou Ludmila, que atualmente mora nos Estados Unidos, onde abriu uma empresa de imigração.