O Brasil virou manchete internacional, infelizmente, mais uma vez pela fama já reconhecida por muitos no tocante à corrupção política. Dessa vez, porém, no centro da questão está o Supremo Tribunal Federal, que através do ministro Dias Toffoli vem tomando decisões consideradas escabrosas pela renomada Transparência Internacional.
A “TI”, como também pode ser chamada, é reconhecida no mundo inteiro por seus apontamentos no tocante à corrupção. Recentemente, seu ranking apontou que o Brasil caiu nada menos do que dez posições no nível de confiança nesse quesito, o que signficia um aumento exponencial na percepção da população sobre o crime político.
Toffoli chegou a ser citado nominalmente pela TI, a qual lembrou que as suas decisões de anular o pagamento de bilhões em decorrência de acordos de delação premiada envolvendo empresas investigadas pela operação Lava Jato, reforçam a noção de impunidade no Brasil.
Agora, como se não bastasse, o próprio Toffoli solicitou acesso a arquivos que, supostamente, sugeririam que a Transparência Internacional teria sido beneficiada por esses acordos. Ocorre que a Procuradoria-Geral da República já havia emitido um parecer em 2020, negando a veracidade dessas informações.
A emissora CNN Brasil recordou esse fato: “Ao ordenar a investigação da Transparência Internacional, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli omitiu uma resposta do Ministério Público que poderia inocentar a ONG da suspeita de desvio de recursos de acordos de leniência #CNNBrasil360”
A decisão do ministro também chamou atenção da imprensa internacional. A revista americana Financial Times, por exemplo, cravou: “A medida é a mais recente do juiz Dias Toffoli, que nos últimos meses tem procurado desfazer o legado da longa investigação da Lava Jato, uma operação de sete anos que expôs uma cultura de suborno no Brasil”.
